Lendas Azuis

Algumas das principais lendas do FC Porto ao longo dos anos.

 

Fernando Gomes é o maior goleador de sempre da história do FC Porto e o mais mortífero do futebol nacional. Um matador que foi rei em Portugal e na Europa. Gomes dominava a área como poucos, o seu jogo de cabeça era brilhante, rematava forte e colocado com ambos os pés e parecia, como que por magia, adivinhar os lances para facturar. Foi por seis vezes o melhor marcador do campeonato nacional e em duas delas, 1983 e 1985, juntou a esse título o de goleador-mor da Europa. Nascia, então, o Bibota. Gomes foi um dos pilares fundamentais do FC Porto que surpreendeu e conquistou o respeito da Europa do futebol. Responsável por cinco golos na caminhada até Viena, falhou o jogo decisivo frente ao Bayern de Munique por ter partido a perna a poucos dias do desafio. Viu a conquista do título europeu em casa, engessado e de muletas, mas recuperou a tempo de levantar a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. Terminou a carreira em 1991, com 318 golos marcados em mais de 400 jogos disputados.

 


 

João Pinto - É um dos mais carismáticos jogadores de toda a história do FC Porto. Venceu nove Campeonatos de Portugal, quatro Taças de Portugal, cinco Supertaças, Taça Intercontinental, Supertaça Europeia e? a «sua» Taça dos Campeões. Jogador de fibra, é um dos principais responsáveis pela manutenção de um balneário unido, solidário e guerreiro, disposto a combater todas as batalhas. Foi capitão no clube e na selecção, chegou a ser o mais internacional jogador português e fica para a história como o jogador com mais partidas disputadas no Estádio das Antas. Enquanto atleta sénior, só conheceu uma camisola e, terminada a carreira, contribuiu com os seus conhecimentos, o seu carisma e a sua alma de dragão para promover os novos talentos do FC Porto.

 


 

Rabah Madjer - Das "Arábias" chegou nos anos 1980, aquele que ao lado de Teofilo Cubillas, foi provavelmente o melhor estrangeiro de sempre a envergar a camisola azul e branca. Foi determinante na conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987 com um golo de calcanhar que ficará para sempre na história e uma assistência para o brasileiro Juary. De modo semelhante fez o passe para o primeiro golo e marcou o segundo na Taça Intercontinental do mesmo ano. Dono de uma técnica fantástica e de uma alegria contagiante.

 


 

Mario Jardel - No verão de 1996, Mário Jardel chegou a ser cobiçado pela equipa do Benfica só que a equipa da Luz desinteressou-se uma vez que o valor pedido pelo passe do jogador era muito avultado. O Porto também começou a cobiçar o brasileiro e nesse Verão conseguiu resgatá-lo para Portugal pagando nessa altura apenas 50% do passe avaliado em cerca de 1,5 milhões de contos. Foi no Porto que Jardel se deu a conhecer não só aos portugueses como também ao resto da Europa. Quem não se lembra do jogo Milão – F.C. Porto, onde Jardel depois de sair do banco da equipa comandada por António Oliveira conseguiu levar o Porto à vitória por 3-2 em pleno estádio de San Siro.
No FC Porto Jardel conseguiu os maiores êxitos desportivos da sua carreira. Foi vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira na temporada 1996/97. Tricampeão português em 1996/97, 1997/98, 1998/99 e vencedor da Taça de Portugal em 1997/98 e 1999/00. Foi quatro vezes melhor marcador do Campeonato Nacional fazendo trinta golos em 31 partidas na temporada 1996/97, 26 em 30 partidas em 1997/98, 36 em 32 partidas na temporada 1998/99 e 38 também em 32 partidas na temporada 1999/00. Nas competições europeias marcou quinze golos em 24 partidas nos quatro anos.
Foi bota de prata em 1997, e bota de ouro em 1999, e bota de bronze em 2000.

 


 

Jorge Costa - Jogador carismático do FC Porto, teve a sua primeira aventura fora do país após ter sido votado ao ostracismo pelo técnico Octávio Machado assinando pelo Charlton Athletic. Regressou na época seguinte, já com José Mourinho no comando do FC Porto, tendo feito parte da equipa que venceu a Taça UEFA em 2003, a Liga dos Campeões e a Taça intercontinental em 2004.A chegada de Co Adriaanse ao FC Porto, em 2005, marca um novo ciclo na sua vida, com o treinador holandês a deixar claro que não o considerava opção para a defesa, levando Jorge Costa, pela segunda vez, a prosseguir a sua carreira no estrangeiro, juntando-se ao ex-companheiro de F.C. Porto e selecção, Sérgio Conceição, no Standard de Liège, clube onde disputou as últimas partidas oficiais Publicou a sua biografia O Capitão a 13 de Agosto de 2005 cuja apresentação decorreu na Ribeira (Porto).A poucos dias de completar 35 anos, no dia 5 de Outubro de 2006, confirmou a sua retirada do futebol profissional deixando assim uma carreira recheada de títulos.

 


 

Victor Baía - É pouco, mas sintomático, dizer que é o jogador com mais títulos conquistados em todo o Mundo. Atravessou todas as camadas, todas as selecções, foi baluarte e capitão de todas as equipas por onde passou e terá sido, provavelmente, o melhor de sempre na sua posição no FC Porto. Começou o seu trajecto no clube na época de 1983/84, numa aposta de confiança que nunca saiu defraudada. É um exemplo de referência e o profissionalismo que sempre dedicou às equipas a que pertenceu, é revelador da índole deste incontornável símbolo do FC Porto e do futebol português. Será difícil, nos tempos mais próximos, alguém conquistar todos os títulos que Vítor Baía conseguiu, inclusivamente numa bem sucedida passagem pelo poderoso Barcelona. A Liga dos Campeões e a Taça UEFA alcançadas ao serviço do FC Porto serão provavelmente os seus momentos mais significativos, que se juntam a uma lista infindável de conquistas e que fazem de Vítor Baía um jogador, a todos os níveis, memorável.